Quando a vida se torna muito árdua, nosso aparelho psíquico pode entrar em colapso e nos tornamos doentes emocionalmente. Isso pode se manifestar de várias maneiras: sob a forma de sintomas físicos sem a presença de doença orgânica, em sonhos repetitivos de situações ruins ou mal resolvidas, em comportamentos de irritação, descontrole emocional, ansiedade ou depressão, para citar apenas alguns. Freud nos ensina que “não existe diferença fundamental, mas apenas de grau, entre a vida mental das pessoas normais, dos neuróticos e dos psicóticos”. Uma pessoa normal tem de passar pelas mesmas repressões e lutar com todas as suas forças para lidar com as situações que a vida lhe impõe, que uma pessoa neurótica ou psicótica. A diferença, diz Freud, é que ela lida com estes acontecimentos com menos dificuldade e mais sucesso. Eis porque, muitas vezes, precisamos da ajuda de um psicanalista qualificado: uma grande parte das pessoas não encontra forças e meios para enfrentar situações difíceis, pois, a depender de sua constituição hereditária e do tamanho do problema a ser enfrentado, cai doente.